terça-feira, 7 de outubro de 2014

Nossa Senhora da Piedade


A mais remota representação da Senhora da Piedade em Portugal, foi pintada em madeira, que se encontrava numa das capelas do claustro da Sé em Lisboa. 

Pertencia a uma antiquíssima Irmandade, que tinha por função principal enterrar os mortos, visitar e confortar os encarcerados e acompanhar os criminosos que iam padecer a pena ultima. Essa pintura representando Nossa Senhora assentada ao pé da Cruz, tendo nos braços Jesus Morto, foi o emblema das Casas de Misericórdia, que por iniciativa de frei Miguel de Contreiras, se fundaram em Portugal, começando pela de Lisboa. Tinha essa Nossa Senhora da Sé de Lisboa, uma Irmandade que se supõe já existia desde antes do ano de 1230, pois foi nesse ano que ela figura no acompanhamento do pai de Santo Antônio, que acusado falsamente de um crime, ia ser levado à forca, quando seu filho, o grande taumaturgo português chegou a tempo de salvá-lo, por uma milagrosa demonstração de sua inocência. Nossa Senhora da Piedade. 


Encontraram então uma pequena efígie gótica da Senhora da Piedade, que mais tarde foi colocada numa capela construída naquele sítio. 

Este culto deve ter entrado no estado de Minas Gerais através dos bandeirantes, pois Nossa Senhora da Piedade era a padroeira de Guaratinguetá, passagem obrigatória nos tempos

Viajantes que transitavam entre Rio de Janeiro e São Paulo, e cujo porto era muito frequentado pelos aventureiros que subiam a serra da Mantiqueira à procura dos veios auríferos nos Campos dos Cataguás. 

Talvez o primeiro santuário de Nossa Senhora da Piedade naquela província tenha sido o de Barbacena, antiga Borda de Campolide, onde era venerada uma imagem da Virgem trazida de Portugal por algum imigrante ou por um padre jesuíta, e cuja matriz foi benta em 1748. Daí a devoção se espalhou pela terra mineira, indo localizar-se principalmente na Serra da Piedade. Nossa Senhora da Piedade. 

Segundo a tradição, esse santuário plantado no alto da montanha, próxima a Caeté, se prende as perseguições que o Marques de Pombal moveu contra Os jesuítas e varias famílias nobres da Lusitânia. Entre os fugitivos da vingança do ministro de D. José I encontrava-se o arquiteto Antônio da Silva Bracarena, que prometera à Virgem Santíssima construir-lhe uma igreja, se ficasse livre. Tendo se refugiado na Vila Nova da Rainha (hoje Caeté), resolveu erigir um templo no alto da serra que ele avistara rodeada de nuvens. Sua decisão tornou-se mais forte quando soube de um estranho fato acontecido naquele local, alguns anos antes. Uma menina, muda de nascença, avistou por várias vezes no alto da montanha, aureolada de luz, a Virgem Maria trazendo nos braços o seu Divino Filho morto, e após estas visões principiou a falar corretamente. 

segunda-feira, 31 de março de 2014

Nossa Senhora do Bom Conselho



Nossa Senhora do Bom Conselho (em latim Mater boni consilii) é uma das invocações da Virgem Maria. Com a mesma intenção ela é chamada de Mãe do Bom Conselho, Nossa Senhora de Shkodra,Nossa Senhora dos Bons Serviços e Santa Maria do Paraíso. Esta devoção está centrada num ícone da Virgem atualmente exposto em Genazzano, Itália, na Igreja de Nossa Senhora do Bom Conselho.
As origens do ícone são envoltas em lendas e milagres. A história se divide em duas partes. A maioria dos relatos liga uma imagem de Nossa Senhora de Shkodra (Bom Conselho) cultuada na Albânia e o ícone atualmente venerado na Itália.
Na Albânia Nossa Senhora era venerada desde tempos muito antigos sob este e outros títulos. Um deles é o de Zoja e Bekueme (Senhora Bendita), e havia muitas capelas a ela dedicadas. Especialmente uma delas, localizada em Shkodra, onde havia um ícone da Virgem, se tornou um centro de peregrinação durante as guerras contra os Otomanos. Um dia, durante um cerco à cidade, dois albaneses devotos se postaram ao pé da imagem e rezaram para que pudessem escapar com segurança. Diz a lenda que neste momento a imagem se desprendeu do altar e flutuou no ar, saindo da igreja. Os dois homens, Gjorgji e De Sclavis, seguiram a pintura, que finalmente os conduziu até Roma, onde desapareceu diante de suas vistas. Lá, depois de algum tempo, ouviram rumores sobre uma imagem da Virgem que aparecera miraculosamente em Genazzano. Acorreram para o local e identificaram a imagem como a sua veneradaZoja e Bekueme. Depois disso os dois fixaram morada na cidadezinha.
Aqui inicia a outra parte da história. Quando o papa Sisto III solicitou ajuda dos fiéis para renovações na Basílica de Santa Maria Maggiore, o povo de Genazzano contribuiu generosamente, recebendo em troca um terreno na sua cidade, onde foi erguida uma igreja sob a invocação de Nossa Senhora do Bom Conselho. Com a passagem do tempo a igreja, sem cuidados, foi caindo em ruínas. Em 1467 uma viúva do local, Petruccia de Geneo, sentiu-se movida a reparar o templo com seus próprios mas reduzidos recursos. Sem encontrar ajuda, ela gastou o que possuía sem conseguir terminar as obras.
Na festa de São Marcos, em 25 de abril daquele ano, a população se reuniu para festejar. Por volta das 16h o povo ouviu uma bela música, e procurou de onde vinha. Então viram uma nuvem, em meio ao céu claro, descer do céu e cobrir uma das paredes inacabadas da igreja, lá permanecendo por algum tempo. Quando a nuvem se dissipou, a população atônita viu sobre a parede uma pintura da Virgem com o Menino onde nada existia antes, e então os sinos começaram a tocar sozinhos, atraindo as pessoas de longe para ver o que estava acontecendo. A própria Petrucia, que estava longe, veio depressa, e ao ver a imagem caiu em prantos.
Depois da notícia se espalhar por toda a Itália, peregrinos começaram a chegar de todos os lugares, e assinalou-se a ocorrência de muitos milagres diante da pintura. Foi tão grande o número de prodígios que foi indicado um notário para registrar os mais notáveis, e este registro ainda existe, listando 171 milagres.
Além de suas propriedades miraculosas, a imagem por si mesma é extraordinária, pois ela desde o século XV permanece como que suspensa no ar, sem moldura ou fixação, afastada da parede cerca de três centímetos, apenas parcialmente tocando uma base em sua borda inferior. Relatos diversos afirmam ainda que a fisionomia da Virgem muda de acordo com certas circunstâncias. O povo da Albânia não esqueceu da imagem desaparecida, e ainda a festeja duas vezes no ano, rezando para que ela volte para sua antiga casa. O papa Pio XII colocou seu papado sob a proteção da Virgem do Bom Conselho.

Via Sacra das Famílias e Missa Mensal de Abril / 2014


O companheirismo no casamento (texto de Dado Moura)

O companheirismo no casamento

É bem comum nas rodas de amigos, as pessoas dizerem que a esposa de fulano é quem manda na casa e quem dá a última palavra. Em outro extremo, ouvimos histórias de maridos que subjugam as esposas, fazendo-as suportar suas manias, pois é ele quem dá as ordens... Por um grande engano, a pessoa pode imaginar que tenha maiores poderes dentro de casa simplesmente pelo fato de manter financeiramente o lar, educar os filhos ou pagar as contas.

Em ambos os casos, temos o exemplo de casais cujos direitos foram usurpados pelo outro. Mas o que poderíamos fazer para tornar mais agradável e equilibrada a nossa convivência como casal?
Ser um bom companheiro(a) no casamento (a) não significa que precisamos ser um espelho do outro, isso é fazer o que ele (a) faz ou ser alguém sem personalidade. No convívio conjugal precisamos demonstrar que estamos imbuídos do mesmo propósito de cultivar a felicidade. Apesar das diferenças de temperamento e de personalidade, comuns dentro do matrimônio, desejamos realizar o projeto de vida que também é aspirado pela outra pessoa.

Uma vez casados, fazemos parte de um time chamado “casamento” e uma maneira de demonstrar que assumimos, verdadeiramente, 
 os compromissos conjugais com o outro é estarmos atentos às coisas que acontecem dentro de casa.

Se em um time de futebol cada jogador pensasse em si haveria uma grande disputa entre os atletas para fazer o gol. Mas para facilitar a realização daquilo que a equipe se propõe a cumprir é preciso pensar no coletivo, de modo que cada integrante contribua, com suas habilidades, com aquilo que foi almejado.
 

O mesmo deve ocorrer na vida conjugal, isto é, o casal já não pode pensar somente no interesse individual. Assim como um bom garçom precisa desenvolver a visão periférica, habituando-se a observar e responder prontamente ao simples aceno de seus clientes; marido e mulher precisam desenvolver uma capacidade semelhante com relação ao que o outro tem a relatar. Pois nem sempre os “acenos” do cônjuge serão tão explícitos como se espera.

Em certas situações queremos falar sobre algo que estamos vivendo para pedir ajuda a fim de lidar com o impacto emocional gerado por um problema. Isso não significa, necessariamente, que desejamos ter a dificuldade resolvida pelo (a) esposo (a). Sem perceber a intenção desse desabafo, o cônjuge pode responder coisas do tipo: “O que você quer que eu faça?”, “Isso não é problema meu…”, ” Eu o (a) avisei…”. Dependendo da maneira como falamos, isso pode causar uma discussão, e, certamente, não será o apoio que o outro gostaria de receber.

Em outros momentos podemos buscar somente a atenção do (a) esposo (a) para aquilo que está acontecendo na nossa vida… 
 Muitas vezes, será necessário que ele (a) apenas ouça o que temos a dizer. Deste modo, passamos a ser para o (a) outro (a) apenas os ouvidos de um psicólogo.

De nossa parte, o cônjuge espera receber o respeito e a atenção ao problema que o (a) aflige sem sarcasmo ou ironia. Qualquer desatenção poderá abrir um precedente para que nosso (a) companheiro (a) comece a contar suas dificuldades a terceiros por lhe parecerem mais compreensivos; fazendo destes indivíduos confidentes.
Quando colocamos a saúde do nosso casamento em primeiro lugar, estruturamos as bases da nossa família no amor e na fidelidade do companheirismo incondicional, exigido pelo casamento.

Lembremos que a nossa maior riqueza está na pessoa que assumimos como esposo (a). Por essa razão, trabalhemos no desenvolvimento das qualidades de nosso temperamento, porque elas tornam os relacionamentos mais fáceis. Sem deixar de considerar que até o mais perfeito dos cônjuges também poderá ter seus momentos intempestivos.

Autor do texto: Dado Moura 

Dado Moura é membro aliança da Comunidade Canção Nova e trabalha atualmente na Fundação João Paulo II para o Portal Canção Nova como articulista. Autor do livro Relações sadias, laços duradouros e Lidando com as crises

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

III Encontro Nacional das Equipes de Nossa Senhora



Busca por informações atualizadas em http://www.encontronacionalaparecida2015.com/

Sessões de Formação (Nível I, II e III)



Destinam-se as Sessões de Formação a casais equipistas que estão em busca de fundamentação da vivência de sua fé e de sua caminhada na Igreja e no Movimento. 

Acontecem, atualmente, em três níveis, sob a responsabilidade da Equipe da Super Região.

Objetivo geral: possibilitar aos casais equipistas um período de aprofundamento na sua fé cristã e no Movimento das Equipes de Nossa Senhora.

Objetivos específicos: a) aprofundar as dimensões litúrgica, catequética e missionária da vocação cristã; b) aprofundar a formação teológico-pastoral na doutrina e nos fundamentos da fé e da Igreja; c) conhecer e analisar a evolução e o desenvolvimento do pensamento da Doutrina Social da Igreja; d) aprofundar o conhecimento do carisma, da pedagogia e da estrutura do Movimento das ENS; e) formar novos casais para a missão, tanto no Movimento como na Igreja; f) renovar e incentivar os quadros internos do Movimento, formando-os para maior compreensão das ENS e da missão de casais cristãos no mundo.

Conteúdo: nível I - Fé e Vida Cristã
Trata-se de uma abordagem geral de temas catequéticos e missionários da vocação cristã, numa evangelização básica que perpassa a História da Salvação. É o ser cristão.
Os assuntos a serem abordados nesta Sessão são os seguintes:

* Plano de Deus - História da Salvação.
* Visão Geral dos Sacramentos.
* Espiritualidade Cristã.
* O Sacramento do Matrimônio - Espiritualidade Conjugal.
* Exigências da fé cristã.
* Compromisso do Cristão.
* Vida em Comunidade - Igreja.

Conteúdo: nível II - Vocação e Missão
Estudam-se os principais e mais atuais documentos da Igreja e o seu Magistério. É o ser Igreja.
Os assuntos abordados nesta Sessão são os seguintes:

* Vocação e Missão do Leigo.
* Vocação e Missão do Casal e da Família.
* Encíclicas.
* Documentos da Igreja na América Latina.
* Documentos da Igreja Particular.

Conteúdo nível III- Formação de Quadros
Aprofunda o conhecimento das ENS, formando casais para a missão tanto no Movimento quanto no mundo. É o ser Movimento Missionário.
Os Assuntos a serem abordados nesta Sessão são os seguintes:

* Visão histórica do Movimento.
* Estatutos das ENS.
* Carisma, Mística e Espiritualidade.
* Responsabilidade nas ENS.
* Reconhecimento das ENS pela Igreja.
* Instrumentos de unidade: estrutura do Movimento das ENS, Colegialidade, Sacerdote Conselheiro Espiritual/Acompanhante Espiritual Temporário, Experiência Comunitária, Pilotagem, Casal Ligação, Planejamento.
*Formação de Agentes e Lideranças cristãs.

(Manual da Formação - ENS - páginas 09 a 13)